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sábado, 18 de setembro de 2010

Teatro: Lenda da erva-mate

                   Lenda da erva-mate
Nas coxilhas do sul vivia uma tribo de índios guaranis. Plantavam mandioca e milho. Mas a terra já não produzia e era preciso procurar terras mais férteis para plantar e sobreviver.
O velho cacique da tribo era admirado por sua valentia, bravura e sabedoria.
Ele tinha uma filha, camada Yari, que possuia grande beleza.
O cacique já não possuia forças para seguir junto com a tribo e assim decidiu permanecer naquela terra.
- Ficarei nesta coxilha, podem seguir meus irmãos.
Como ele não tinha filho homem, precisou escolher o mais valoroso guerreiro para ser o novo cacique da tribo. Um bravo e justo índio por qual Yari estava apaixonada.
Pela lei dos guaranis, a mulher do chefe da tribo tinha de acompanhá-lo qualquer de suas viagens, na busca de novas terras. Assim, se Yari casasse com o índio escolhido, teria que se afastar do pai. Num gesto de amor e gratidão Yari decidiu ficar.
- Pai, ficarei. Esta terra ainda dará alimento para nos dois. Vou plantar e caçar, do senhor vou cuidar.
Mas Yari ficou muito triste pois não conseguiu seguir com a tribo, com o seu amado. Percebendo a tristeza da filha o cacique pede ajuda a Tupã.
- Sou grande pajé, enviado de Tupã, o que te falta meu bom amigo?
- Gostaria de companhia paciente, da força e vigor. Só assim poderei deixar Yari seguir a sua vida e se casar.
O mensageiro de Tupã sorriu. Estendeu as mãos e uma luz apareceu. Da luz uma planta diferente, com folhas verdes e cheirosas, chamou de Caá.
- Este é um presente de Tupã, plante e deixe crescer, colha as folhas, seque-as ao fogo, triture-as e coloque no porongo com o canudo de taquara, acrescentando água quente. Uma bebida amarga e quente que será uma companhia saudável e te trará força e vigor.
- E você Yari será a deusa dos ervais, protetora da raça guarani.
Daquele dia em diante a jovem passou a chamar-se Caá-Yari, a deusa da erva-mate, e seguiu ao encontro da tribo e seu amado.
A erva caá passou a ser usada por todos os componentes da tribo, que se tornaram mais fortes, valentes e alegres.
E assim nasce a bebida caá-y, que os brancos mais tarde adotaram com o nome de chimarrão.

Amargo doce que sorvo
Num beijo em lábios de prata

Tens o perfume da mata
Molhada pelo sereno,
E a cuia, seio moreno,
Que passa de mão em mão
Traduz no meu chimarrão
Em sua simplicidade
A velha hospitalidade
Da Gente do meu rincão.
Claucus Saraiva

A turma do 4º Ano apresentou a Lenda da erva-mate no encerramento da Gincana Farroupilha.




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